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Carioca Nota 10: Renato Cruz

O professor de dança Renato Cruz dá aula de bailado e artes cênicas para crianças e jovens de baixa renda

Por Bruna Talarico
Atualizado em 5 dez 2016, 13h50 - Publicado em 14 fev 2014, 17h40

Quando adolescente, Renato Cruz assombrava os salões com seus requebros no ritmo envolvente do charm. Ao som da balançante This Is How We Do It, do americano Montell Jordan, por exemplo, parava a pista. Ciente desse dom hipnótico, ele optou por graduar-se em dança numa universidade carioca. Ao concluir o curso, decidiu, então, fazer com que sua paixão pelos movimentos transformasse também a vida de outras pessoas. “A dança me tirava do lugar de um jovem muito tímido para o de protagonista. Troquei o sentimento de vergonha pelo de referência, e queria direcionar isso para a sociedade de alguma forma”, diz. Começou com um trabalho voluntário no Grupo de Formação de Educadores Populares, uma ONG com atuação no Rio Comprido, bairro onde nasceu e mora até hoje, aos 31 anos. Certo dia, percebeu que era hora de seus alunos reforçarem a corrente e passarem a replicar seus ensinamentos a outros aprendizes.

“Existe muito preconceito contra a dança, mas trata-se apenas de um exercício de sensibilidade artística. E foi isso que mudou minha vida”

Imbuído desse sentimento, ele criou seu próprio projeto social, batizado de Arte É o Melhor Remédio, que desde 2007 já acolheu mais de 500 crianças e adolescentes do Morro do Turano e arredores do Rio Comprido. Em um espaço dentro da favela, os alunos têm aulas de dança e artes cênicas. Além de aprender os sacolejos ao som de gêneros díspares, que vão da música clássica ao hip-hop, seus pupilos abrem uma perspectiva de carreira na dança ou no teatro. Como forma de exercício, e também uma maneira de espalhar o bem, as turmas se apresentam em hospitais e escolas, para alegrar a vida de pacientes e alunos. Seu método de instrução deu tão certo que está servindo de modelo para projeto semelhante no Morro do Borel, na Tijuca. “Existe muito preconceito contra a dança, mas trata-se apenas de um exercício de sensibilidade artística. E foi isso que mudou minha vida”, diz Renato. Resta ficar na corrente para que o movimento atinja o maior número de pessoas.

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