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Carioca encontrado na Cracolândia em São Paulo morre em clínica

A morte de Carlos Eduardo Albuquerque Maranhão foi anunciado em rede social na quarta (7) e causou comoção

Por Redação VEJA RIO
Atualizado em 8 jun 2017, 19h38 - Publicado em 8 jun 2017, 11h43

Poucos dias após reencontrar os colegas com quem estudou no Colégio Santo Inácio, em Botafogo, Carlos Eduardo Albuquerque Maranhão, de 46 anos, achado no fim do mês passado em uma cracolândia em São Paulo, morreu na noite desta quarta (7), segundo anúncio feito nas redes sociais por seu amigo Carlos H. Moreira Junior, que liderou uma campanha para ajudá-lo a se livrar das drogas.

Abaixo o comunicado publicado na noite de quarta (7):

“Nosso Sarda faleceu há poucas horas atrás durante o período mais crítico de abstinência pela qual passava. Estou vazio, com as emoções bloqueadas e preso pelas próximas 4 horas dentro de um avião que não está indo pro Brasil mas com wifi. Tristeza profunda. Entreguei a notícia à família com um enorme peso nas costas. Eu sou parte de um grupo de pessoas que agiram de forma coordenada e movidas por um so sentimento que é o amor. No entanto me sinto responsável pelas ações que executei pessoalmente.
Confesso que faria tudo o que fiz novamente. Imagino que o grupo também. Sem tirar nem pôr. O Sarda disse em determinado momento que se chegássemos 3 meses mais tarde ele não estaria mais vivo. Disse também que se não fosse pra ir pra clínica em questão ele preferiria ficar onde estava. Ao chegar na clínica disse que havia mais de 6 anos que ele não via grama.
Nos resta o consolo de que nosso amigo, onde quer que ele esteja, chegou lá de forma mais digna do que chegaria se ainda estivesse numa Cracolândia. Que nossos pensamentos estejam com ele e também com a família, a quem ofereço tudo que estiver ao meu alcance pra diminuir a dor do momento. Indo além, amo o Sarda e a união que ele gerou em tantas turmas diferentes. E que esta união gere reflexão sobre o que podemos fazer nesta vida e não fazemos por falta de coragem que sobrava no nosso amigo. Amo também a vida e agora preciso organizar as prateleiras do meu coração.

Um agradecimento sincero e um abraço apertado em todos que apoiaram, acreditaram e contribuíram. Ofereceremos a melhor condução possível ao Sarda e a família nesta etapa final. Nosso grupo está presente agora com a família e na clínica acompanhando e dando todo o suporte logístico e financeiro necessário. Estarei de volta ao Rio o mais rapidamente possível.
Espero sinceramente ser compreendido e ser aceito na missa de sétimo dia (ou algo assim) pois preciso dividir o que está dentro de mim agora e que ainda não consigo escrever.
#SomosTodosDestaTurma”

A história de Carlos foi contada por VEJA RIO no último dia 30 e logo ganhou repercussão, gerando uma corrente de solidariedade, na qual, em apenas cinco horas e 70 doações, seus amigos conseguiram arrecadar cerca de 10% do valor necessário ao tratamento de Maranhão, que custaria algo como R$ 200 mil.

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