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Carioca denuncia auditora fiscal do aeroporto Galeão por abuso de poder

Segundo parente, a funcionária da alfândega estaria abalada com o episódio. Denúncia já alcançou mais de 160 000 compartilhamentos em rede social

Por Daniela Pessoa
Atualizado em 5 dez 2016, 11h02 - Publicado em 27 set 2016, 20h05

Na tarde desta segunda-feira (26), a postagem da carioca Mariana Cavalcante sobre um episódio de suposto abuso de poder na alfândega do aeroporto Galeão deixou a internet em polvorosa. Em poucas horas, o texto de Mariana foi compartilhado por mais de 160 000 internautas no Facebook. “Essa senhora da foto se chama Maria Lucia Lima Barros”, começou Mariana, professora de balé e advogada, no longo relato que expõe o ocorrido e a foto da servidora denunciada (a imagem foi retirada do perfil de Maria Lucia na rede social). Mariana desembarcou no Rio no último sábado (24), ao lado da avó, após uma viagem de duas semanas na Índia, e diz que ambas foram submetidas a humilhação após submeterem suas bagagens a uma revista a pedido da funcionária. No fim, precisaram pagar 1500 reais por uma taxação que consideraram indevida, segundo a denúncia da passageira. “Estou escrevendo esse post para pedir que vocês o compartilhem e que, caso já tenham sofrido nas mãos dessa senhora, colaborem com as suas experiências pessoais, a fim de demostrar que o que ocorreu comigo e minha avó não se trata de uma conduta isolada, sendo necessário pôr fim ao abuso de autoridade desta servidora (…) Vamos dar um basta a essa ‘síndrome do pequeno poder’ que tanto afeta os brasileiros”, escreveu Mariana, que pleiteará uma indenização por danos morais e avalia ainda se apresentará uma denúncia criminal.

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Procurada por VEJA RIO, Maria Lucia não foi encontrada. A revista entrou em contato com uma prima da auditora fiscal, Camila Andrade, em Belo Horizonte, que questiona a veracidade da situação relatada por Mariana e diz que sua parente está mexida com o episódio, que resultou num linchamento virtual. “Ela está muito abalada”, disse Camila, por telefone. “Duvido que a Maria Lucia tenha sido arrogante, essa postura não tem nada a ver com ela, que trabalha há 30 anos na área e não ganharia nada com uma atitude dessas”, completa. Já Mariana Cavalcanti preferiu não dar maiores detalhes sobre o caso nem sobre os objetos que trazia nas malas. “Tudo o que eu tenho para falar agora será pelas vias legais. O post teve repercussão até maior do que eu imaginava, mas estou confortável. Há muitas pessoas que reiteram a conduta dessa pessoa”, limitou-se a dizer.

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Em nota, a Receita Federal informa que “está apurando o ocorrido, desde a etapa da seleção dos passageiros para revista até o momento da fiscalização pela servidora, através das análises de imagens e dos relatos de testemunhas presentes, para que possa fundamentar as providências a serem tomadas”. O texto diz ainda que “cortesia e respeito aos passageiros sempre são comportamentos exigidos dos servidores, que também são treinados nas competências técnicas para atuação na função”. Segundo o assessor de imprensa da Receita, André Gustavo Oliveira, tendo como base as recentes investigações, Maria Lucia tomou os procedimentos cabíveis, porque havia bens a declarar. “Ela é uma funcionária muito criteriosa. A passageira que fez a denúncia diz que as reclamações dirigidas à servidora são recorrentes, mas esta é a primeira vez que tomamos conhecimento de algo assim. De todo modo, seguimos investigando com muito cuidado”, afirma Oliveira. Maria Lucia segue trabalhando, mas, até que tudo se esclareça, em outro setor.

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