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Um pesadelo de viagem

Estudante de 11 anos é vítima de grave bullying em excursão escolar de tradicional instituição de ensino da cidade

Por Carla Knoplech
Atualizado em 5 dez 2016, 14h04 - Publicado em 30 out 2013, 20h34

Por mais que se tente abafar, um assunto delicado vem ganhando os corredores e as salas de aula do Colégio Liessin, tradicional centro educacional de orientação judaica com 1?200 alunos e unidades em Botafogo e na Barra da Tijuca. O episódio aconteceu durante uma excursão da escola que levou 76 estudantes e doze adultos ao hotel-fazenda Villa-Forte, em Itatiaia, entre os dias 12 e 14 de agosto. Professores integrantes do grupo notaram que havia algo errado quando um dos garotos não apareceu para a refeição no horário marcado. Quando entraram em seu quarto, eles encontraram o menino, de 11 anos, preso dentro do armário, que tinha as maçanetas amarradas por um cadarço. O cárcere foi o último ato de uma sessão de brincadeiras de péssimo gosto que teria contado com a participação de três colegas e envolvido a ingestão de uma garrafa de refrigerante à força e a aplicação de um colírio nas partes íntimas da vítima. Em estado de choque, o estudante abreviou seu retorno ao Rio. Todos os quatro envolvidos na história cursam o 6º ano do ensino fundamental na unidade da Rua Sorocaba, em Botafogo.

Procurada pela reportagem, a direção do Liessin emitiu uma nota, assinada pelo presidente do diretório de pais, Celso Balassiano, e pela diretora institucional, Clarice Dahis, confirmando que “houve, de fato, em evento externo do colégio ocorrido em agosto, episódio de caráter disciplinar envolvendo seus alunos”. O texto diz ainda que “as providências de natureza pedagógica e disciplinar foram adotadas” e que, “em casos como esse, o Colégio Liessin se ocupa de seu real papel, a educação, considerando sempre as sanções como um ato educativo, e não somente punitivo, e proporcionando aos envolvidos a oportunidade de reflexão e a correção de suas atitudes”. Dentro dessa diretriz, os três meninos acusados da agressão foram suspensos por dois dias. Cumprida a punição, eles voltaram a frequentar as aulas normalmente. Como era previsível, o ambiente ainda é tenso, uma vez que nenhuma das famílias envolvidas no caso tirou o filho da escola. De fato, a história não cicatrizou. Contrariado, o pai da vítima entrou com uma queixa na 1ª Vara da Infância e da Juventude, que corre em segredo de Justiça. Uma viagem que tinha o propósito de conscientizar os estudantes da importância da preservação ambiental acabou se transformando em um pesadelo.

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