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Rebolado retrô

Com encontros marcados nas redes sociais da internet, praticantes de bambolê ressuscitam o velho brinquedo dos anos 50

Por Daniela Pessoa
Atualizado em 5 dez 2016, 12h51 - Publicado em 4 jul 2014, 14h06

Embalado pelos ciclos que ditam as preferências e os padrões de diversão, eis que o bambolê novamente volta a fazer sucesso na cidade, desta vez popularizado pelas redes sociais. Uma vez por mês, o Movimento Bambolê Rio tem reunido cariocas adeptos do rebolado, e o número só faz aumentar. Eles marcam encontros pelo Facebook e, orgulhosos, exibem seus aros de polietileno, flexíveis a ponto de ser dobrados na hora de guardar, decorados com fitas de cetim, adesivos brilhosos e, para uso noturno, com luzes de LED. A última confraternização foi no sábado passado (29), nos jardins do Museu de Arte Moderna (MAM), no Aterro do Flamengo. Já era a oitava reunião do grupo.

São dezenas de pessoas que procuram, obviamente, diversão. Mas também estão atrás da boa forma e esperam alargar o convívio social. Assim, lugares como a Praça São Salvador, em Laranjeiras, a Pedra do Leme e a Praia de Ipanema tornaram-se redutos espontâneos de praticantes. “Não é só uma brincadeira de criança. Trata-se de uma atividade boa para o corpo e para a mente”, diz a analista de compras Camila Rocha, 33 anos, do Grajaú, que redescobriu a brincadeira por intermédio do filho, Artur, de 8, e desde o ano passado confecciona e vende modelos personalizados de bambolê. Os dois até participam de campeonatos, como o que aconteceu em fevereiro, no Circo Voador.

Esses divertidos aros, aliás, também vêm aparecendo em festas embaladas por música eletrônica, em saraus de poesia e em luaus. “O bambolê ajuda a superar a timidez, além de estimular as pessoas a sair de casa e viver a vida lá fora”, observa a estudante Karina Villafan, 21 anos, de Laranjeiras, que há alguns meses adquiriu seu primeiro aro. “O bacana é que esse não é um esporte com regras, como o futebol, e tem movimentos mais subjetivos”, analisa Edilaine Guerreiro, 36 anos, advogada, moradora de Santa Teresa e integrante do coletivo Bonde Órbita, que ministra aulas de bambolê, bem como oficinas de confecção do objeto.

Cidade repleta de lugares ao ar livre e de gente que historicamente tem bom jogo de cintura, o Rio parece ter sido feito sob medida para os bambolês. Mas há registros de que os egípcios, há 5?000 anos, já brincavam com argolas elaboradas a partir de galhos secos de parreira, e que na Grécia antiga elas eram usadas em exercícios para manter a forma física. Foi somente nos anos 50, nos Estados Unidos, que esse objeto foi lançado sob a forma de brinquedo. No Brasil, o estouro se deu na virada dos anos 60 para os 70. E agora, a começar pelo Rio, parece que a brincadeira surge renovada, em mais um giro de sua longa história.

TUTORIAIS

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