Adendo em regra municipal garante festas de raiz africana na rua

Em vez de certezas, novas regras para a realização de eventos em espaços públicos anunciadas por Crivella espalhavam apenas preocupação

Por Rafael Sento Sé
Atualizado em 15 jul 2017, 08h38 - Publicado em 15 jul 2017, 08h38

Fé no Reveillon: oferendas a Iemanjá na Praia Vermelha (Custodio Coimbra/Agência O Globo)

Em vez de trazerem certezas, as novas regras para a realização de eventos em espaços públicos anunciadas pelo prefeito Marcelo Crivella espalharam preocupação. O Decreto nº 43 219 substitui a regulamentação anterior, de 2015, que isentava de prévia autorização uma série de manifestações, entre as quais “procissões e celebrações religiosas em geral”. A legislação atualizada, que centraliza a análise dos eventos no gabinete da prefeitura e institui o sistema Riamfe (sigla de Rio Ainda Mais Fácil Eventos), deixou de pé atrás responsáveis por manifestações culturais de matriz africana, como, por exemplo, os participantes da tradicional procissão de Iemanjá — em que membros de centenas de terreiros de todo o estado, em 29 de dezembro, partem do Mercadão de Madureira em direção a Copacabana. Após alguma gritaria nas redes sociais, um adendo, feito através de resolução que restitui as exceções à regra, foi providenciado dias depois da promulgação do decreto. Vai ter festa.

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