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Forró contemporâneo: Forroçacana volta aos palcos do Circo Voador

Depois de sete anos distante de grandes palcos, o grupo de forró carioca, volta em única apresentação no Circo, no sábado (29). Com um jeito original de reproduzir a música tradicional nordestina, o grupo, formado por pelos multi-instrumentistas e compositores Duani (voz e e zabumbatera — instrumento inventado por eles próprios), Mará (sanfona e violoncelo), […]

Por Da Redação
Atualizado em 25 fev 2017, 19h04 - Publicado em 21 jun 2013, 23h49

Em pé, da esquerda para a direita: Mará, Marcos Moletta e Cahaça. Sentados: Duani e Chris Mourão. Crédito: Guto Costa

Depois de sete anos distante de grandes palcos, o grupo de forró carioca, volta em única apresentação no Circo, no sábado (29). Com um jeito original de reproduzir a música tradicional nordestina, o grupo, formado por pelos multi-instrumentistas e compositores Duani (voz e e zabumbatera — instrumento inventado por eles próprios), Mará (sanfona e violoncelo), Chris Mourão (percussão), Cachaça (guitarra) e Marcos Moletta (rabeca, guitarra e bandolim), explodiu no fim dos anos 90, com o lançamento do disco Vamo que Vamo, indicado ao Grammy Latino. SOLTA O SOM conversou com Duani, que falou sobre a volta aos palcos e sobre a releitura de um ritmo tão tradicional. Abaixo da entrevista, confira o vídeo da execução ao vivo de Vamo que Vamo.

Vocês são cariocas. Da onde veio a vontade de fazer uma música tão tradicional de outra região do país?

Foi tudo espontâneo! Somos cinco pessoas com vontades distintas, mas com uma coisa em comum, a paixão pela música brasileira. Poderia ter sido qualquer outro estilo, mas aconteceu com o forró e quando demos por nós, já estávamos nos reunindo toda semana pra nos divertir em casa ouvindo e aprendendo a tocar as músicas de Luiz Gonzaga, Jackson do Pandeiro, Trio Nordestino etc… deu no que deu.

No início da carreira, como vocês fizeram para fugir do chamado “forró universitário”, que esteve na moda no começo doas anos 2000? Sempre foi a intenção fazer uma música que se aproximasse mais com a tradicional?

Não fizemos absolutamente nada. Parece que as pessoas já nos consideravam como um grupo à parte desse segmento, por termos surgido bem antes do nascimento desse rótulo, que nunca nos identificamos.

Quem são, atualmente, os maiores nomes do forró e do baião? Existe algum representante contemporâneo do gênero?

Esses, eternamente serão: Luiz Gonzaga, Dominguinhos, Jackson do pandeiro, Trio Nordestino, Os 3 do Nordeste e Genival Lacerda. Alceu Valença, Zé Ramalho, Elba e Geraldo Azevedo, por exemplo, já são um lado contemporâneo disso. Hoje em dia, existe o Forróçacana  e dezenas de bandas e trios que representam a força desses ritmos.

Vocês podem falar um pouco da introdução de instrumentos que não são originalmente do forró, como rabeca, cítara e a invenção zabumbatera?

Todos somos multi-instrumentistas e nosso desejo nunca foi copiar o que já tinha sido feito. Nos permitimos trazer para o forró, diversos instrumentos que achávamos que soariam bem. A zabumbatera, criação minha, nasceu aos poucos e de forma bem natural. Num show eram apenas alguns pratos, aos poucos entraram os tons, depois o surdo, o bumbo e nos trouxe mais esse diferencial na parte percussiva.

 Por que vocês estão há tanto tempo longe dos palcos? E por que retornar agora especificamente?

Um artista nunca consegue ficar longe dos palcos. Mas como tudo que explode na mídia de um jeito “supersônico”, uma hora o movimento já estava muito descaracterizado, muito “modinha”, e achamos que era a momento ideal para darmos vazão a muita coisa que nem sempre era realizada (trabalhos pessoais, filhos etc…). Quando percebemos, já haviam se passado sete anos. Os convites para shows no Brasil e no mundo todo  nunca pararam de chegar, pessoas clamavam nas redes sociais por um reencontro nosso. Resolvemos, então, atender a alguns pedidos seletos, de contratantes bem confiáveis, onde nos era oferecido uma boa estrutura de som e luz para a realização do show. Nessa série de reencontros, já tocamos na Virada Cultural (SP), no clássico Festival de Itaunas (ES) e agora no inigualável palco do Circo Voador (RJ). A ideia é percorrermos as principais cidades do Brasil e também shows no exterior.

 [youtube https://www.youtube.com/watch?v=GkguKk-tCmc&w=420&h=315%5D

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