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Abra suas asas: duas Frenéticas no Teatro Rival

O aniversário de 40 anos passou outro dia: em 5 de agosto de 1976 abria as portas, no quarto piso do Shopping da Gávea (ali, onde hoje existe o Teatro dos Quatro), a Frenetic Dancin’ Days. A casa noturna criada por Nelson Motta, projeto encomendado para movimentar o centro comercial construído um ano antes,  durou […]

Por Pedro Tinoco Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 25 fev 2017, 17h23 - Publicado em 5 set 2016, 23h21
Dhu Moraes e Sandra Pêra em foto de Cris Granato: reencontro na Cinelândia

Dhu Moraes e Sandra Pêra em foto de Cris Granato: reencontro na Cinelândia

O aniversário de 40 anos passou outro dia: em 5 de agosto de 1976 abria as portas, no quarto piso do Shopping da Gávea (ali, onde hoje existe o Teatro dos Quatro), a Frenetic Dancin’ Days. A casa noturna criada por Nelson Motta, projeto encomendado para movimentar o centro comercial construído um ano antes,  durou apenas três meses e entrou para a história das noites cariocas. O espaço com capacidade para 800 pessoas e pista de dança de piso xadrez, em preto e branco, era animado pela discotecagem de Dom Pepe. Ao contrário da geração anterior de boates da cidade, não havia ninguém na porta decidindo quem merecia entrar, bastava pagar ingresso na bilheteria. A curta temporada do point recebeu uma multidão de personalidades, de Glauber Rocha a Ney Matogrosso, passando pela atriz Tonia Carrero, o pintor Jorge Guinle Filho, o surfista Petit (que inspirou a canção Menino do Rio, de Caetano Veloso), Rita Lee, Milton Nascimento e um jovem Cazuza, entre muitos outros. A palavra “loucura” e um sorriso saudoso costumam ser repetidos quando alguém que conheceu a Dancin’ Days mergulha em lembranças daquele tempo. Fazia um calor danado lá dentro e ninguém reparava.

POIS MUITO BEM: uma das estripulias do inventor do negócio, o jornalista, escritor e compositor Nelson Motta, foi a seleção de um time de garçonetes, as Frenéticas, que, a certa altura, lá pelo começo da madrugada, brilhava em um show ao vivo. Sandra Pêra e Dhu Moraes, do grupo original – que se completou com Edyr, Leiloca, Regina e Lidoka (1950-2016) -, vão lembrar, em apresentação no Teatro Rival, na quarta (7), às 20h, como trocaram as bandejas nas madrugadas da Gávea por uma carreira musical popular no país inteiro. Naquela meiúca dos anos 70, as meninas deram tanto o que falar que foram convidadas para estrear em estúdio na gravadora Warner. “A gente assinou contrato na praia, fui buscar a Lidoka no Arpoador”, lembra o baixista Liminha, que fez história tocando nos Mutantes e iniciou oficialmente ali, à beira-mar, com as meninas, uma bem-sucedida carreira de produtor musical. “Coube ao Liminha transformar seis mulheres completamente loucas, falando todas ao mesmo tempo, empolgadas naquele início de carreira, em um conjunto”, conta Nelson Motta. Frenéticas, lançado em 1977, veio a ser o primeiro disco de ouro da Warner no Brasil, com mais de 1 milhão de cópias vendidas. No palco do Rival, na quarta (7), Sandra Pêra e Dhu Moraes voltam no tempo com histórias de bastidores e hits de outrora – o espetáculo, que tem roteiro e direção de Rodrigo Faour, também traz novidades como Eu Vou Fazer uma Macumba pra Te Amarrar, Maldito!, pérola de Johnny Hooker, legítimo descendente do sexteto. Quem lembra um pouco da “loucura” e não esconde o sorriso saudoso, no entanto, vai gostar mesmo é de ouvir novamente Perigosa, Vingativa e a clássica Dancin’ Days, trilha sonora desse clipe deliciosamente paleolítico aí embaixo:

+ a propósito: Liminha, o produtor das Frenéticas, já foi capa da Veja Rio

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[youtube https://www.youtube.com/watch?v=NDPhClCghmY?feature=oembed&w=500&h=281%5D

 

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