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Cem anos do clássico Flamengo x Botafogo – post 2 de 2: Jogos

Relembre 10 jogos marcantes no primeiro século do confronto. Botafogo 3×0 Flamengo, 1962 (Imagens do Canal 100, edição francesa, genialidade de Garrincha) Meses depois de ter sido o herói da conquista da Copa pela Seleção no Chile Garrincha comandou o massacre imposto ao rival na decisão do Carioca de 1962, que valeu o bicampeonato ao […]

Por Bruno Salles
Atualizado em 25 fev 2017, 19h07 - Publicado em 14 Maio 2013, 04h28

Relembre 10 jogos marcantes no primeiro século do confronto.

Botafogo 3×0 Flamengo, 1962
(Imagens do Canal 100, edição francesa, genialidade de Garrincha)
Meses depois de ter sido o herói da conquista da Copa pela Seleção no Chile Garrincha comandou o massacre imposto ao rival na decisão do Carioca de 1962, que valeu o bicampeonato ao alvinegro. Garrincha fez dois gols e criou a jogada do outro, marcado contra pelo rubro-negro Vanderlei. Dali em diante a carreira do Mané entrou em declínio por conta dos problemas de joelho e esse jogo é considerado como seu último grande momento.

Botafogo 6×0 Flamengo, 1972
(As imagens se perderam, mas os botafoguenses podem curtir fotos e narrações do massacre de 72)
O jogo foi disputado no feriado de 15 de novembro, data em que o Flamengo comemora seu aniversário. Não poderia ter recebido pior presente. Um verdadeiro chocolate comandado por Jairzinho, que fez gol até de calcanhar. Ao longo da década a lembrança desse massacre foi a grande alegria alvinegra para compensar a falta de títulos.

Botafogo 1×0 Flamengo, 1979
(Renato Sá, a melhor solução para derrubar invictos nos anos 70)
Entre 1977 e 1978 o Botafogo estabeleceu o recorde de invencibilidade do futebol brasileiro, ficando 52 jogos sem perder até a derrota de 3×0 para o Grêmio, que teve como destaque Renato Sá, que marcou dois gols. Em 1979 o Flamengo empatou a série de 52 jogos e enfrentaria justamente o Botafogo no que poderia ser o 53º jogo invicto, superando o rival. Mas o Botafogo estragou a festa rubro-negra, vencendo por 1×0 com gol de, acredite, Renato Sá, o demolidor de invencibilidades.

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Botafogo 3×1 Flamengo, 1981
(O dia em que Mendonça e cia. derrubaram os campeões do Brasil)
O Flamengo era o atual campeão brasileiro, tetracampeão da Taça Guanabara, tinha conquistado três dos últimos quatro Cariocas e era fornecedor constante de jogadores para a Seleção. O Botafogo já vivia a 13ª temporada de um jejum de títulos que chegaria a 21 anos e não se pode dizer que tinha um elenco sequer parecido com o do rival. Mas nas quartas-de-final do Brasileiro de 1981 o camisa 10 que brilhou foi Mendonça, e não Zico, que comandou a vitória de virada marcando dois gols, um deles com drible desconcertante sobre Júnior.

Flamengo 6×0 Botafogo, 1981
(Vingados! Nem um a mais nem um a menos, tinha que ser seis)
Durante quase nove anos a torcida do Botafogo levou para o Maracanã uma faixa com os dizeres “Flamengo, nós gostamos de vo6” em alusão a goleada aplicada em 15/11/1972. Até o dia em que os rubro-negros conseguiram a vingança. Ao contrário do que é normal em clássico a vantagem construída não fazia diminuir a intensidade do jogo. Depois do quinto gol, marcado aos 30 do segundo tempo, para o Botafogo perder por 5×1 era vitória e para o Flamengo seis era mais que sete. O gol da vingança foi marcado por Andrade, camisa 6, aos 42 do segundo tempo (4+2 = 6). Foi a primeira vez que jogaram juntos os onze jogadores que entraram para a história como o maior Flamengo de todos os tempos: Raul, Leandro, Marinho, Mozer, Júnior, Andrade, Adílio, Zico, Tita, Nunes e Lico. Por contusões, suspensões, chances para Figueredo na zaga e Vítor no meio, entre outras razões, essa escalação só se repetiu mais três vezes.

Botafogo 1×0 Flamengo, 1989
(Acabou o jejum! Salve a camisa 7 do Botafogo!)
“Um, dois, três… vinte, vinte e um! Parabéns para você…”. A torcida do Botafogo não aguentava mais o jejum e as provocações. A libertação do jejum de 21 anos veio no dia 21 de junho de 1989, com gol de Maurício, camisa 7, em cruzamento de Mazolinha, camisa 14 (7 + 14 = 21), no 21º jogo de uma campanha invicta. Curiosamente o Botafogo estava há mais de 3 anos sem vencer um clássico, tendo empatado todos os sete anteriormente disputados naquele Carioca.

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Flamengo 2×2 Botafogo, 1992
(A única decisão de Brasileiro entre os rivais foi vencida pelo Flamengo, que massacrou no primeiro jogo e festejou no segundo)
O mais importante confronto da história foi a decisão do Brasileiro de 1992. No primeiro jogo, massacre rubro-negro e vitória por 3×0. Durante a semana, um churrasco na casa do alvinegro Renato com a presença do rubro-negro Gaúcho causou o banimento do atacante gaúcho do Botafogo. No dia da decisão, com 122.001 pagantes, público nunca mais repetido no futebol brasileiro, o fato mais marcante foi a queda do alambrado que resultou na morte de três pessoas e ferimentos em muitas outras. O Botafogo não foi capaz da virada improvável e o placar de 2×2 valeu pelo golaço de falta de Júnior, craque do campeonato e, surpreendente para a posição e a idade, artilheiro do campeão.

Botafogo 1×0 Flamengo, 1997
(O clássico contra o Flamengo foi apenas um compromisso a mais, cumprido pelos reservas, na firme marcha alvinegra rumo ao título da Taça Guanabara de 2008)
A Taça Guanabara de 1997 previa, ao contrário do que era normal naqueles tempos, uma decisão entre os dois melhores colocados. Depois de disputadas as 11 rodadas faltava um jogo entre o Botafogo, que tinha vencido todos os seus jogos e já tinha garantido a primeira colocação de forma antecipada, e o Flamengo, que só precisava empatar com os reservas do rival, que poupou seus titulares para a grande decisão. Mas os reservas mantiveram o pique dos titulares e a sequencia de vitórias. Renato Carioca marcou logo no começo do jogo, Romário e cia. não conseguiram superar a defesa botafoguense e o rubro-negro viveu uma noite que ficou marcada como uma das grandes vergonhas de sua história. O Botafogo venceu a decisão, que acabou sendo contra o Vasco, e conquistou a Taça Guanabara com 100% de aproveitamento nos 12 jogos disputados.

Flamengo 2×1 Botafogo, 2008
(Não teve choro nem vela, o Flamengo venceu a Taça Guanabara de 2008)
Na decisão da Taça Guanabara o Botafogo saiu na frente no primeiro tempo e o Flamengo empatou no começo do segundo tempo em um pênalti daqueles que causam polêmica para todo sempre. A camisa do rubro-negro Fábio Luciano foi puxada, mas pênalti em confusão na área não é coisa que se marque sempre. A indignação alvinegra foi um pouco exagerada e o volante Túlio chegou a pedir (não foi atendido) para sair por estar fora de si e sem condições de continuar jogando. Os ânimos arrefeceram, o jogo seguiu e parecia que a Taça Guanabara seria decidida nos pênaltis. Mas Tardelli, nos descontos, bateu de chapa, colocando um efeito suficiente para tirar a bola dos braços (curtos) de Castillo e garantir a vitória e o título. O sentimento de impotência do Botafogo causou mais tristeza que revolta e acabou por gerar a manifestação coletiva que entrou para a história como chororô, quando o técnico Cuca e o presidente Bebeto de Freitas, com o elenco ao fundo, de olhos marejados, fizeram discursos piegas e desconexos, expondo sentimentos de perseguição e descrença “em tudo isso que está aí”. Pensavam que daria solidariedade. Deu piada.

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Botafogo 2×1 Flamengo, 2010
(A vingança alvinegra pelos pés gringos de Herrera e Loco Abreu)
Depois de três anos seguidos de derrotas em decisões de Cariocas, com direito a duas derrotas em decisões de turno e o episódio do chororô lembrado acima, o Botafogo estava com o Flamengo entalado. E a maior prova da crença dos botafoguenses que a decisão da Taça Rio de 2010 (que para o Botafogo poderia valer como decisão do campeonato) era o momento de vencer foi a grande presença da torcida, que praticamente dividiu o Maracanã com a torcida do Flamengo, ao contrário dos confrontos anteriores. E o título veio com uma vitória por 2×1, com dois gols de pênalti, um deles com a famosa paradinha de Loco Abreu, e direito à defesa de Jefferson em pênalti cobrado por Adriano.

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