Rio Orquestra
Resenha por Pedro Moraes
Espécie de congresso em que os participantes, além de discutir os rumos de sua arte, sobem ao palco para se apresentar, o Rio Orquestra começou neste sábado (25), na Cidade das Artes. Depois da abertura, aos cuidados dos doze músicos do Scottish Ensemble, vindos do Reino Unido, a parte que interessa ao público — a música ao vivo — é dominada por talentos brasileiros. Na segunda (27), às 18h30, o Quarteto de Cordas da Cidade de São Paulo toca no Teatro de Câmara os quartetos Nº 1, de Osvaldo Lacerda, e Nº 5, de Villa-Lobos. Hoje formado por Betina Stegmann, Nelson Rios (violinos), Marcelo Jaffé (viola) e Robert Suetholz (violoncelo), o grupo carrega uma tradição de excelência que remonta ao ano de sua criação, 1935, pelas mãos de Mário de Andrade. Na terça (28), às 20h30, a prestigiada Orquestra Filarmônica de Minas Gerais chega à Grande Sala. Lá, o maestro Marcos Arakaki conduz seus noventa músicos na abertura da ópera As Bodas de Fígaro, de Mozart, além de Uirapuru, de Villa-Lobos, e Sinfonia Nº 5 em Ré Menor, Op. 47, de Shostakovich. O último dia, quarta (29), aponta para o futuro, em concertos da Orquestra Maré do Amanhã, às 14h, e da Orquestra Sinfônica Jovem do Rio de Janeiro, às 14h45.