Em um espaço físico indefinido, descolado da realidade, um maestro (Cadu Fávero) e uma bailarina (Fernanda de Freitas) transitam entre a loucura e a sanidade, enquanto procuram reconstituir sua existência através de fragmentos de memórias. A princípio, a única certeza (deles e do público) é que os dois se amam profundamente, devoção comparável apenas à que ele entrega à música e ela, à dança. De fato, em Pulsões, o amor é a força que impede essas figuras de sucumbir. Nesse processo de descoberta, que trará revelações inesperadas à tona, o drama de Dib Carneiro Neto se equilibra entre uma intensa carga poética e o tom algo monocórdio dos diálogos, emocionalmente arrebatado do início ao fim. A direção de Kika Freire investe em marcações que reforçam o aspecto onírico da montagem, evidenciado ainda no cenário e nos figurinos de Teca Fichinski e na trilha executada ao vivo por João Bittencourt (piano) e Maria Clara Valle (violoncelo), sob direção musical de Marco França. Nesse ambiente carregado de sensibilidade, Fávero e Fernanda estabelecem boa contracena — ela, especialmente, revela tato na extração de arroubo e fúria de sua insuspeita aparência de frágil bailarina.
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