Alfredo Del-Penho
Resenha por Rafael Cavalieri
Sujeito versátil, o artista de tenros 34 anos é um cantor afinado e de fraseado claro, como os antigos que costuma revisitar — antigos esses que garimpa com frequência, na qualidade de dedicado pesquisador musical. Ele também toca violão e cavaquinho. E compõe. E arranca aplausos como ator, sabe bem quem o viu nos musicais Sassaricando e Ópera do Malandro. Para dar conta de tantos talentos, Alfredo Del-Penho debuta em disco-solo com dois trabalhos: Samba Sujo, com temas cantados, e Pra Essa Gente Boa, instrumental e autoral. Esse arsenal de 32 composições recém-chegadas abastece o show de lançamento, na quarta (12), no Teatro João Caetano.
No programa, a bela Quando Eu Te Esqueci, criação própria, aparece ao lado de clássicos como Além do Espelho, linda parceria de João Nogueira com Paulo César Pinheiro. Entre o choro e o jazz, Do Bip Bip ao Smalls com Anat é resultado das andanças de Del-Penho com a clarinetista israelense Anat Cohen, do boteco Bip Bip, em Copacabana, à casa de shows Smalls, em Nova York.
Olha a caixinha: produzidos por meio de financiamento coletivo, os dois CDs arrebanharam 700 colaboradores, entre eles Chico Buarque